Meu intercâmbio Nova Zelândia - Auckland - Pedro

Pedro Elton é piloto de avião, de Fortaleza e está fazendo um intercâmbio na Nova Zelândia em Auckland por 12 semanas. Nós convidamos o Pedro a uma entrevista para contar sobre a sua experiência com a Kaplan. Pedro está adorando sua experiência e nos conta com muito entusiasmo. Confira!

Pedro na Sky Tower

1 – Qual era a sua principal motivação para morar fora antes do seu intercâmbio?

Conhecer novos costumes, novas culturas e aprender a me virar num ambiente onde não domino o idioma são experiências necessárias na vida de qualquer um, tanto para a vida pessoal quanto a profissional.

2- Quais foram os principais motivos que o fez escolher Nova Zelândia, como o destino de estudo?

Diferente de alguns países da América do Norte e Europa, as pessoas aqui são muito amigáveis e se permitem fazer amizades muito mais facilmente que em qualquer outro lugar. Nesse aspecto eles se parecem muito com os brasileiros, com essa qualidade fica mais fácil conhecer pessoas, manter uma conversa mesmo sem ter ainda um bom nível de  inglês. Até na hora de pedir informações, não fique surpreso se a pessoa pegar um papel e caneta e desenhar um mapinha pra você ali mesmo na rua, eles são extremamente prestativos e pacientes com todo mundo.

3- Como foi a experiência de ter ficado em casa de família? Quais foram as maiores vantagem?

Eu fiquei em dois tipos de acomodação, foram seis semanas em casa de família e seis semanas num flat com mais três amgos. Ambas experiências foram incríveis! Na casa de família eu conheci a cultura e a rotina dos Neozelandeses, como dormir e acordar cedo e comer muitas frutas no café da manhã. Hábitos saudáveis como caminhar bastante, praticar esportes e atividades ao ar livre são tarefas diárias aqui. É muito comum ver pessoas almoçando em parques, sentadas na grama ou depois do trabalho irem deitar para ler um livro enquanto as crianças correm e brincam (sem dispositivos eletrônicos). Aqui o almoço é a refeição menos importante do dia e o jantar a mais importante, pois no almoço todos estão trabalhando e as crianças estão na escola, já no jantar, estão todos em casa e podem se reunir à mesa para comer e conversar sobre o dia que tiveram. A acomodação em apartamento também foi interessante, fiz grandes amigos e morei a menos de 100 metros da Sky Tower, o ponto turístico mais conhecido de Auckland.

4- Como era a sua rotina lá?

Todos os dias acordava cedo, fazia um café da manhã saudável, coisa que nunca fui acostumado a fazer no Brasil. Frutas, iogurte natural, granola, aveia, e torradas com geléia de blueberrys passaram a fazer parte das minha manhãs. Aproveito para ter um café da manhã muito rico pois o tempo que temos pra almoçar é muito curto, são apenas 45 minutos para sair, comprar, comer e voltar, ou seja, geralmente a refeição do almoço é a menor do dia, é mais um lanche. O jantar é sempre um prato diferente, muitas vezes com a especialidade dos neozelandeses, o LAMB, que é uma carne macia e suculenta de ovelha. Nos finais de semana e dias de sol com o tempo livre , há sempre atividades nos parques para ir com os amigos, passeios e algumas vezes uma rápida visita ao cassino da Sky City para jogar um poker com amigos. Domingo eu frequentei uma igreja onde fiz vários amigos e cheguei a prestar trabalho voluntário algumas vezes, o que me proporcionou uma evolução bastante rápida do meu inglês.

Pedro na Escola da Kaplan em Auckland

5- Em 1 mês, como foi a evolução do seu inglês? Se pudesse escolher teria ficado mais tempo?

A primeira semana é a mais difícil, geralmente temos muito para falar mas as palavras não saem da boca com a mesma velocidade que chegam no cérebro, isso é horrível! No final do primeiro mês você, obviamente, não tem muito vocabulário ainda e nem domina a gramática, mas já se sente confiante para conversar, perguntar e responder perguntas de qualquer um. Ao longo dos três meses que fiquei na Nova Zelândia aprendi muito, enriqueci meu vocabulário e caso não tivesse mesmo que voltar ao Brasil, com toda certeza, ficaria mais tempo aqui, não só pelo idioma, mas pelos amigos que fiz para a vida toda e pela cidade que está entre os 10 melhores lugares do mundo pra se viver.

6- Fez muitos amigos? Qual a nacionalidade que você mais se identificou? Você ainda mantém contato com eles?

Os amigos que fiz na Nova Zelândia ficarão para a vida toda, ainda mais porque pretendo voltar no futuro para passar mais tempo e quem sabe até morar. Me identifiquei muito com os sul-coreanos, os neozelandeses e os japoneses. Os coreanos são muito parecidos com os brasileiros, sempre felizes, amigáveis, sempre te abraçando e felizes por reencontrar você, eles têm uma facilidade incrível de pronunciar palavras em português e adoram nos ensinar palavras em sul-coreano. Os neozelandeses são pessoas ótimas, têm muita paciência pra nos ensinar mais o idioma e adoram saber mais sobre o Brasil, que aqui é visto como um país gigante, não só em extensão de terra, em riquezas e cultura, mas também nós brasileiros somos vistos como as melhores pessoas para se conhecer, sempre felizes e fazendo amizade rápido com todo mundo. Os japoneses são mais quietos mas depois que te conhecem são muito amigáveis, todos parecem modelos, adoram se vestir bem e são muito educados. Sentirei saudades dos bons amigos que fiz! Mas não para por aqui, têm os Tailandeses, Filipinos, Suiços, Alemães, Italianos, Franceses, Árabes, Indonésios e tantas e tantas outras nacionalidades, fiz muitos amigos aqui. Na Kaplan Auckland a todo instante temos 35 diferentes nacionalidades, uma curiosidade é que a Giuliana, a diretora, é Brasileira!

Pedro curtindo com amigos

7- Tirando o inglês, quais foram os maiores aprendizado que você teve durante o seu intercâmbio?

Que apesar de tantas diferenças, também temos enormes semelhanças, que nosso país é muito bem visto lá fora e que os bons hábitos alimentares e do dia a dia são muito importantes para nossa saúde e isso pode ser notado ao longo do dia como nos sentimos mais dispostos para as atividades diárias. Também aprendi que é importante conhecer uma cultura antes de julgá-la e tantas outras coisas que se eu contasse aqui teríamos um verdadeiro livro!

8- Gostaria de fazer outro intercâmbio? Qual o destino que você escolheria se tivesse que ir no próximo mês?

Com toda certeza, não só gostaria como farei outros intercâmbios. Aprender outros idiomas e vivenciar uma nova cultura é realmente viciante. Nos próximos anos sempre que tiver tempo, nem que seja apenas nas férias, farei intercâmbios para Japão, Coréia do Sul, Espanha, França, Itália e Alemanha. São os idiomas que eu mais adoraria aprender e as culturas que mais gostaria de vivenciar. Até por necessidade profissional mesmo.

9- Você tem vontade de um dia trabalhar fora do Brasil? Onde?

Tenho e inclusive já estou mantendo contato com alguns órgãos que regulam a minha profissão, Nova Zelândia, Austrália, Canadá e Japão seriam as primeiras opções, mas Emirados Árabes Unidos, Alemanhã e Suiça são lugares incríveis que eu também gostaria de trabalhar.

10- Você acha que essa experiência terá algum impacto em seu futuro? De que forma?

Sem dúvidas! Acredito que as pessoas que fazem intercâmbio são por naturezas desbravadoras, são pessoas que engolem os seus medos e vão conhecer o mundo, se arriscam fora da segurança de um cursinho de inglês, vão aprender o idioma por necessidade de se comunicar e as qualidades desse tipo de pessoa são muito bem vistas pelas empresas. São essas pessoas que vão sempre investir o que podem e o que não podem nas suas carreiras, são essas pessoas que vão topar gerenciar os projetos mais desafiadores e por aí vai. Sem dúvida, tanto na vida pessoal como na vida profissional, um intercâmbio faz de você uma nova pessoa, com uma nova visão do mundo, uma visão mais ampla de todos os problemas e soluções.

11- Você aconselharia essa experiência para os seus colegas de trabalho?

Sem dúvida nenhuma! Na nossa profissão precisamos, não apenas, executar nossas tarefas com perfeição, mas também compreender as diferenças entre as culturas, as diferenças existentes nos sotaques e também ter uma noção de mundo muito maior. Em qualquer área eu creio que podemos dizer o mesmo. Um intercâmbio é uma excelente oportunidade para contatos profissionais e aprender um básico de outras línguas também. Eu mesmo aprendi a dizer Obrigado, bom dia e como vai em 7 idiomas(Tailandês, Russo, Coreano, Japonês, Francês, Chinês e árabe).

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